Petrogal14fev1BASTA DE REPRESSÃO E TERRORISMO PSICOLÓGICO!

Na passada segunda-feira 25 de Março, uma delegação do PCP, onde incluía o Deputado Bruno Dias, reuniu com trabalhadores da Refinaria da Petrogal e seus representantes.

Nessa reunião foram abordadas questões como a greve que já dura há cerca de três meses.

Os trabalhadores e seus representantes denunciaram a atitude persecutória por parte da administração da Petrogal contra os trabalhadores, onde reina a repressão e intimidação aos trabalhadores em greve. Essa atitude que os trabalhadores consideram de terrorismo psicológico traduz-se na suspensão de 6 trabalhadores com processos disciplinares, aos quais 3 deles visam o seu despedimento, ou de trabalhadores que foram retirados dos seus locais de trabalho para realizarem “estudos” para a empresa, ou ainda trabalhadores que ficam doentes fruto da imposição de horários de trabalho que chegam a atingir em alguns casos 16 horas por dia e ou 7 dias por semana.

Foram ainda denunciados os despachos anti-greve emitidos pelo governo minoritário do PS, em clara afronta ao direito Constitucional à greve mesmo contra sucessivas decisões judiciais, em clara subserviência à administração da Petrogal. Despachos esses evocando a “segurança das instalações”, são na verdade autênticos manuais anti-greve. Os despachos na verdade obrigam os trabalhadores da Refinaria da Petrogal a laborar no máximo e com serviços extra, onde para isso vale tudo, inclusive, pôr em causa a segurança da própria refinaria, como é o exemplo de trabalhadores que chegam a trabalhar 12 ou 16 horas por dia até 7 dias por semana. As condições de trabalho desumanas e irresponsáveis na verdade poderão elas pôr em causa as condições de segurança da refinaria, seja pelo volume excessivo de horas de trabalho seja pela permanente repressão e terrorismo psicológico.

Num quadro em que o Grupo GALP apresenta os seus resultados chorudos de 2018, 741 Milhões de lucros (mais 24% que em 2017), é inconcebível que a administração com o apoio do governo do PS, continuem a impor uma retirada de direitos sociais aos trabalhadores, por via da imposição da caducidade do seu Acordo de Empresa, ao mesmo tempo que os acçionistas dividem os lucros gerados pelos trabalhadores e criam constrangimentos a outras empresas e seus trabalhadores que operam na Refinaria de Sines.

Se é verdade que as condições em que os trabalhadores desenvolvem a luta são muito duras e exigentes, é também claro e notório a unidade no seio dos trabalhadores.

Unidade que se traduz numa poderosa luta, em que a administração com a conivência do governo minoritário do PS, tudo fazem para a boicotar, recorrendo a manobras sujas e repressivas.

Unidade e luta que mais cedo que tarde irão trazer frutos para os trabalhadores e suas justas e legitimas reivindicações, em defesa do seu Acordo de Empresa.

Os trabalhadores podem continuar a contar com o PCP na defesa intransigente dos seus direitos e aspirações.

 

A DORLA do PCP