Sobre a situação da INDORAMA
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O PCP nota que o lay-off da INDORAMA foi renovado em março deste ano e soma mais de seis meses sem nenhuma solução nem para o futuro da empresa, nem para os trabalhadores.
A situação dos trabalhadores, a viver com 66% dos salários há mais de seis meses tem tendência para agravar-se com o passar do tempo, servindo os interesses da empresa de promover também um despedimento encapotado na medida em que aqueles são forçados a abandonar o seu posto de trabalho pelas circunstâncias difíceis em que se encontram ou falta de perspetivas de futuro.
Perante a atual situação de impasse aparente, óbvio prejuízo para os trabalhadores e ausência de respostas, tanto da empresa como do governo, fica evidente a inexistência de utilidade do lay-off para a salvaguarda dos empregos.
O lay-off é suportado por verbas da Segurança Social, logo dos trabalhadores, e o arrastar da situação com as consequências que já vimos, isto é, sem nenhuns resultados positivos para quem trabalha, apenas sublinha a displicência com que são aplicados os fundos destinados a pagar prestações sociais e reformas. Entenda-se, o desvio daqueles fundos para os patrões.
O despautério de fundos públicos tem sido desde a criação da fábrica de Sines o que melhor descreve todo o processo, recordando que a INDORAMA comprou a Artlant em 2018 a preço de saldo, por cerca de 28 M€ que abateram à massa insolvente de cerca de 700 milhões à Caixa Geral de Depósitos.
Por grosso, foi este o valor que os cofres públicos - todos os portugueses - pagaram para que a INDORAMA ficasse com aquela instalação industrial e sobretudo, pelo mau governo do país.
Estamos em campanha eleitoral para as eleições para o parlamento europeu, onde se joga o futuro da União Europeia e do nosso país. O que se está a passar na fábrica da INDORAMA em Sines é mais um exemplo de como as políticas europeias influenciam a vida dos trabalhadores e do povo portugueses.
O encerramento de uma fábrica na Holanda, semelhante a estade Sines, do mesmo grupo multinacional, mostra o rotundo falhanço da apregoada reindustrialização da Europa e as suas trágicas consequências sociais.
A CDU propõe-se combater as deslocalizações de empresas, designadamente condicionando ajudas públicas, como as provenientes do orçamento da UE, a obrigações de protecção do emprego, de respeito pelos direitos dos trabalhadores e de contributo para o desenvolvimento local e regional.
Para reindustrializar a Europa e o país, de facto, a CDU defende o apoio à actividade industrial, à sua modernização e diversificação, em especial nos países com economias mais debilitadas e deficitárias, visando o seu crescimento; do apoio ao sector comercial, particularmente ao comércio tradicional, visando a sua modernização; e do apoio ao sector cooperativo, em toda a sua diversidade, visando a salvaguarda da sua função social.
Comunicado da DORLA do PCP, reunida a 10 de Maio 2024
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1. Os recentes desenvolvimentos na vida política nacional, após a realização das eleições e a entrada em funções do Governo PSD/CDS confirmam os traços essenciais da caracterização feita pelo PCP: uma relação de forças no plano institucional ainda mais favorável ao grande capital, ao aprofundamento da política de direita, ao agravamento da exploração e a novos retrocessos no campo dos direitos; o crescimento das forças que protagonizam projectos reaccionários e fascizantes; o demissionismo do PS face aos desenvolvimentos do quadro político, facilitando, por essa via, a acção política do Governo da AD ao serviço dos objectivos dos grupos económicos.
O Programa de Governo confirma, nos seus traços fundamentais, seja pelo que afirma, seja pelo que omite, a opção de aprofundar a política de direita. Destacam-se, entre outros aspectos: a opção pelos baixos salários e reformas, incluindo com a apropriação de propostas da CIP, visando a redução da TSU para o capital e atacar e privatizar a Segurança Social; o desvio de ainda mais recursos públicos para o grande capital, designadamente com a descida do IRC (e também da derrama) para as grandes empresas; a submissão às imposições da UE e do Euro com o aprofundamento do ataque aos serviços públicos, incluindo com o desvio para os grupos privados de recursos do Serviço Nacional de Saúde e da Escola Pública, a par de novas limitações ao investimento público; novas privatizações e parcerias público privadas (saúde, ferrovia, etc); mais liberalização do sector da habitação; uma ainda maior mercantilização da natureza.
Esta mesma política de direita continua a marcar a realidade dos trabalhadores e das populações do Litoral Alentejano, confrontados com as dificuldades do dia a dia em todos os domínios da vida.
PCP solidário com trabalhadores da PSA submetidos a alteração de horários
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O PCP esteve em contacto com os trabalhadores da PSA com comunicado a expressar a sua solidariedade inabalável com os trabalhadores da PSA Sines (Terminal XXI), que estão a ser submetidos a uma alteração de horários que consideramos abusiva e prepotente por parte da Administração da empresa.
O comunicado faz ainda referência aos 50 anos do 25 de Abril e ao Desfile Popular do 1º de Maio, no Jardim das Descobertas em Sines, às 10h, para celebrarmos juntos os valores de Abril e a luta contínua pela justiça social.
Comunicado DORLA de 22 Março 2024
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Comunicado da DORLA
22 de Março de 2024
A Direcção da Organização Regional do Litoral Alentejano do PCP reunida no dia 22 de Março, analisou os resultados das eleições para a Assembleia da República de 10 de Março, apreciou a evolução da situação política, e traçou linhas de orientação para o desenvolvimento da luta dos trabalhadores e das populações e para a iniciativa política e reforço do Partido.
I
As eleições legislativas de 10 de Março
1. O resultado da CDU no Litoral Alentejano nas eleições legislativas de 10 de Março, com uma redução ligeira do número de votos (menos 193) e de percentagem relativamente às eleições legislativas de 2022, é um desenvolvimento negativo que, em linha com os resultados nacionais da CDU, colocando maiores exigências à intervenção do PCP e à luta em defesa dos interesses dos trabalhadores e das populações.
Apesar disso, a votação da CDU na região (mais de 5500 votos correspondentes a 11,08% dos votos expressos), constituiu, independentemente de insuficiências próprias, uma manutenção no essencial da influência eleitoral da CDU comparada com as ultimas eleições, e uma expressão de resistência com tanto mais valor e significado quanto a construção deste resultado teve de enfrentar um prolongado enquadramento caracterizado pela hostilidade e menorização da CDU, pela continuada falsificação de posicionamentos do PCP, pela promoção de forças e concepções reaccionárias, pelo favorecimento mediático de outras forças políticas e por uma forjada disputa entre dois “candidatos a primeiro- ministro" com o objectivo de reduzir a escolha a opções semelhantes, branquear responsabilidades e esconder soluções e políticas alternativas.
Neste contexto de ataques, bloqueios e preconceitos propagados pelo espaço político-mediático determinado pelos interesses do grande capital, o resultado da CDU na região, como no país, é o resultado de um esforço colectivo, construído a pulso no desenvolvimento de uma intensa campanha de contacto com os trabalhadores e as populações.
A DORLA do PCP saúda e valoriza o empenho e dedicação dos candidatos e de todos os activistas que se envolveram numa campanha centrada nos problemas reais das pessoas, de massas e de contacto directo.
Saúda e valoriza a opção de todos aqueles que manifestaram o seu apoio com o voto na CDU e afirma que o PCP tudo fará para honrar o seu voto, lutar pelos seus interesses, por uma política alternativa e a levar à Assembleia da República as revindicações e a defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo da região.
Comunicado da DORLA de 6 Dezembro 2023
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A Direcção da Organização Regional do Litoral Alentejano (DORLA) do PCP esteve reunida no passado dia 6, onde apreciou os recentes desenvolvimentos da situação social e política, valorizou os processos de luta dos trabalhadores e das populações e traçou as principais orientações para a acção do PCP na região.
A DORLA do PCP saúda e valoriza todos os processos de luta, ocorridos nos últimos meses, desenvolvidos pelos trabalhadores e populações do Litoral Alentejano nomeadamente a greve de dia 27 de Outubro dos trabalhadores da administração pública, com forte expressão na região e as manifestações de dia 11 e 29 de Novembro, que levaram às ruas de Lisboa centenas de trabalhadores do Litoral Alentejano. Valoriza ainda a luta das populações em defesa do Serviço Nacional de Saúde e as acções desenvolvidas pelas Comissões de Utentes. A DORLA apela à intensificação da luta a partir das empresas e locais de trabalho, em defesa dos direitos dos trabalhadores e pelo aumento geral dos salários.
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